segunda-feira, 27 de junho de 2011

Democracia=ouvir e ficar calado(no meu caso!)


Myrian Rios dispara: "Eu tenho direito de não querer um homossexual como meu empregado"

16:11 - 27/06/2011
 
Myrian Rios se mostrou contrária à contratação de homossexuais durante discurso na ALE
Ex-atriz e atualmente deputada estadual, Myrian Rioscausou polêmica na internet depois da divulgação de um vídeo em que ela se manifesta no plenário da (Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) a respeito da homossexualidade. A veterana chegou inclusive a relacioná-la a uma eventual prática de pedofilia durante seu discurso.
“Não sou preconceituosa e não discrimino. Só que eu tenho que ter o direito de não querer um homossexual como meu empregado, eventualmente”, disparou. “Por exemplo, digamos que eu tenha duas meninas em casa e a minha babá é lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica, é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa. São os mesmos direitos. Eu vou ter que manter a babá em casa e sabe Deus até se ela não vai cometer pedofilia contra elas, e eu não vou poder fazer nada”, emendou.
“Se eu contrato um motorista homossexual, e ele tentar, de uma maneira ou outra, bolinar meu filho, eu não posso demiti-lo. Eu quero a lei para demitir sim, para mostrar que minha orientação sexual é outra”, comentou. “Eu queria que meus filhos crescessem pensando em namorar uma menina para perpetuar a espécie”, completou ela, ao se manifestar contra a PEC 23/2007, que visa acrescentar a orientação sexual no rol das vedações à discriminação da Constituição do estado do Rio de Janeiro.
Materia do Tudo Na hora

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Democracia de verdade!!!


Bélgica “festeja” um ano sem governo

Sem acordo entre nacionalistas flamengos e socialistas francófonos para um novo mandatário, paíse segue com a economia em forma. Por Gianni Carta. Foto: FDComite
País do surrealismo, a Bélgica comemorou no dia 13 um ano sem governo oficial. Apesar de numerosas tentativas para a formação de alianças após as legislativas do ano passado, não houve acordo entre os nacionalistas flamengos ao norte e os socialistas francófonos ao sul. No entanto o país funciona.
“Poderíamos talvez dizer que a Bélgica não precisa de governo’’, me diz, no seu escritório o Parlamento Europeu, Daniel Cohn-Bendit. Estaria Dany le Rouge, o lendário líder do movimento estudantil francês de maio de 1968, sendo ligeiramente irônico? ‘’Talvez um pouco’’, retruca, sorriso nos lábios, o deputado europeu dos Verdes.
‘’Mas veja’’, diz apontando para a janela, ‘’estamos na Bélgica e dá para dizer que o país está à deriva?’’ Menos radical que outrora mas ainda um provocateur por excelência, Cohn-Bendit acrescenta: ‘’Pode parecer tudo muito bizarro, mas é ao mesmo tempo fascinante. É preciso refletir sobre o seguinte: países precisam ou não de governos?’’
Desde agosto de 2010, o primeiro-ministro interino responde por Yves Leterme, o qual lida, como se diz por aqui, com os ‘’afazeres correntes’’. Na verdade, esse democrata-cristão flamengo foi o último premier a renunciar, em 26 de abril de 2010. Ou seja, antes das legislativas. Leterme não viu outra alternativa diante do colapso do governo devido a uma enésima disputa lingüística a ilustrar as divisões comunitárias desse país. Para recapitular, um partido se retirou da coalizão devido à falta, alegou, de direitos francófonos em áreas nas cercanias de Bruxelas onde predomina a língua neerlandesa.
Assim, o reinado de Albert II comemora não um ano sem governo, mas sim 14 meses. Trata-se do país com período mais longo sem governo do mundo, deixando para trás o ex-recordista, o Iraque. E os belgas comemoram com humor. Um website (www. Hetwereldrecord.be/) fez contagem regressiva para cada recorde até obterem a primeira posição.
Mas esse bom humor também escamoteia um geral cansaço de partidos políticos e de seus líderes. Novas eleições produziriam os mesmos resultados de junho de 2010. De fato, essa mescla de bom humor e letargia política por parte dos belgas é compreensível. Aqui reinam intermináveis querelas entre separatistas de Flandres e francófonos da Valônia, estes favoráveis à união belga e em sua maior parte socialistas. Portanto, num país sem uma agremiação nacional as divisões não são simplesmente étnicas e lingüísticas, mas também ideológicas. Resumiu um editorialista do diário Le Soir: ‘’A Bélgica não vive mais um casamento, mas uma coabitação’’.
Para Yves Desmet, do diário Morgen, paira no país ‘’um sentimento de falsa segurança’’. O motivo? ‘’Mesmo após um ano sem governo a Bélgica continua a funcionar e a economia retoma.’’ Ninguém tem a impressão de viver num estado a naufragar, resume Desmet. A economia cresce em parte porque investimentos diretos continuam a fluir para o país, e estão em alta as exportações.
Além disso, o governo interino administrou corretamente a presidência rotativa da União Européia em 2010, e conseguiu o apoio do parlamento para engajar seu país na guerra na Líbia. No entanto, conseguirá o governo interino implementar reformas para lidar com o déficit e a dívida pública? Essa é uma questão capital, visto que diante da crise econômica e financeira na Europa os mercados estão cada vez mais sensíveis.
Por ora, os mercados parecem confiar no governo interino porque seus integrantes são talentosos administradores. Fato nada surpreendente num país cosmopolita a abrigar a sede da União Européia e a da Otan. Ademais, o parlamento federal tem poderes plenos. Cada tema é votado na câmara dos Deputados, e projetos de lei favoráveis tanto aos nacionalistas quanto aos socialistas, e a outras agremiações, têm sido aprovados. Na realidade, o deputado europeu Daniel Cohn-Bendit parece ‘’fascinado’’ pela inexistência de um governo oficial porque é favorável ao poder parlamentar.
Devido à sua estrutura federal, a Bélgica conseguiu, até hoje, conciliar diferentes comunidades. O reinado é dividido em três grandes regiões, cada qual com um governo e parlamento com integrantes eleitos pelo sufrágio universal. Além de Flandres e Valônia, há a região de Bruxelas-Capital. Há ainda uma divisão entre comunidades lingüísticas: neerlandesa, francesa, e germanófona, a leste da Valônia.
Apesar de esse tablado político conferir certa estabilidade ao país, não escasseiam aqueles a temer uma desintegração. Pela primeira vez na história, os separatistas ganharam, em Flandres, legislativas para o governo federal em junho de 2010. Com 27,8 porcento dos votos, a Nova Alianca Flamenga (N-VA) é a agremiação forte ao norte, onde se concentra 60 porcento dos 11 milhões de habitantes do país. Juntamente com outros partidos separatistas, a N-VA conta com 44 porcento de apoio em Flandres. A N-VA tem, ainda, o suporte dos democrata-cristãos, estes com mais 17 porcento dos votos no último pleito federal. Embora federalistas, os democrata-cristãos aliam-se à N-VA. Já na Valônia, a esquerda levou 65 porcento dos votos. E, vale lembrar, todos partidos da região são federalistas.
O grande temor nesse novo impasse político responde por Bart De Wever, líder da N-VA. Ele pede ainda maiores poderes para o norte, prelúdio para o separatismo. Embora a N-VA tenha raízes nos partidos fascistas flamengos, De Wever modera, como Marine Le Pen na França, na retórica racista. Mas De Wever enfatiza a importância de impor sua língua, e por tabela insinua a superioridade da etnia flamenga.
Também devido à presença de Bart de Wever no cenário político, numerosos belgas e outros europeus se indagam até quando perdurará essa aparente confiança no governo interino. Ainda mais pertinente é a seguinte questão: até quando o governo interino pretende segurar as rédeas do país? Em tese, o governo interino poderá permanecer no comando até o próximo pleito federal, em 2014. E Leterme poderá ser o premier interino enquanto tiver maioria no parlamento federal. Se pintasse um quadro com os principais integrantes do governo interino de sua Bélgica natal, o mestre do absurdo René Magritte escreveria embaixo: ‘’Este é um governo’’.

Democracia de verdade!!!


Bélgica “festeja” um ano sem governo



Sem acordo entre nacionalistas flamengos e socialistas francófonos para um novo mandatário, paíse segue com a economia em forma. Por Gianni Carta. Foto: FDComite
País do surrealismo, a Bélgica comemorou no dia 13 um ano sem governo oficial. Apesar de numerosas tentativas para a formação de alianças após as legislativas do ano passado, não houve acordo entre os nacionalistas flamengos ao norte e os socialistas francófonos ao sul. No entanto o país funciona.
“Poderíamos talvez dizer que a Bélgica não precisa de governo’’, me diz, no seu escritório o Parlamento Europeu, Daniel Cohn-Bendit. Estaria Dany le Rouge, o lendário líder do movimento estudantil francês de maio de 1968, sendo ligeiramente irônico? ‘’Talvez um pouco’’, retruca, sorriso nos lábios, o deputado europeu dos Verdes.
‘’Mas veja’’, diz apontando para a janela, ‘’estamos na Bélgica e dá para dizer que o país está à deriva?’’ Menos radical que outrora mas ainda um provocateur por excelência, Cohn-Bendit acrescenta: ‘’Pode parecer tudo muito bizarro, mas é ao mesmo tempo fascinante. É preciso refletir sobre o seguinte: países precisam ou não de governos?’’
Desde agosto de 2010, o primeiro-ministro interino responde por Yves Leterme, o qual lida, como se diz por aqui, com os ‘’afazeres correntes’’. Na verdade, esse democrata-cristão flamengo foi o último premier a renunciar, em 26 de abril de 2010. Ou seja, antes das legislativas. Leterme não viu outra alternativa diante do colapso do governo devido a uma enésima disputa lingüística a ilustrar as divisões comunitárias desse país. Para recapitular, um partido se retirou da coalizão devido à falta, alegou, de direitos francófonos em áreas nas cercanias de Bruxelas onde predomina a língua neerlandesa.
Assim, o reinado de Albert II comemora não um ano sem governo, mas sim 14 meses. Trata-se do país com período mais longo sem governo do mundo, deixando para trás o ex-recordista, o Iraque. E os belgas comemoram com humor. Um website (www. Hetwereldrecord.be/) fez contagem regressiva para cada recorde até obterem a primeira posição.
Mas esse bom humor também escamoteia um geral cansaço de partidos políticos e de seus líderes. Novas eleições produziriam os mesmos resultados de junho de 2010. De fato, essa mescla de bom humor e letargia política por parte dos belgas é compreensível. Aqui reinam intermináveis querelas entre separatistas de Flandres e francófonos da Valônia, estes favoráveis à união belga e em sua maior parte socialistas. Portanto, num país sem uma agremiação nacional as divisões não são simplesmente étnicas e lingüísticas, mas também ideológicas. Resumiu um editorialista do diário Le Soir: ‘’A Bélgica não vive mais um casamento, mas uma coabitação’’.
Para Yves Desmet, do diário Morgen, paira no país ‘’um sentimento de falsa segurança’’. O motivo? ‘’Mesmo após um ano sem governo a Bélgica continua a funcionar e a economia retoma.’’ Ninguém tem a impressão de viver num estado a naufragar, resume Desmet. A economia cresce em parte porque investimentos diretos continuam a fluir para o país, e estão em alta as exportações.
Além disso, o governo interino administrou corretamente a presidência rotativa da União Européia em 2010, e conseguiu o apoio do parlamento para engajar seu país na guerra na Líbia. No entanto, conseguirá o governo interino implementar reformas para lidar com o déficit e a dívida pública? Essa é uma questão capital, visto que diante da crise econômica e financeira na Europa os mercados estão cada vez mais sensíveis.
Por ora, os mercados parecem confiar no governo interino porque seus integrantes são talentosos administradores. Fato nada surpreendente num país cosmopolita a abrigar a sede da União Européia e a da Otan. Ademais, o parlamento federal tem poderes plenos. Cada tema é votado na câmara dos Deputados, e projetos de lei favoráveis tanto aos nacionalistas quanto aos socialistas, e a outras agremiações, têm sido aprovados. Na realidade, o deputado europeu Daniel Cohn-Bendit parece ‘’fascinado’’ pela inexistência de um governo oficial porque é favorável ao poder parlamentar.
Devido à sua estrutura federal, a Bélgica conseguiu, até hoje, conciliar diferentes comunidades. O reinado é dividido em três grandes regiões, cada qual com um governo e parlamento com integrantes eleitos pelo sufrágio universal. Além de Flandres e Valônia, há a região de Bruxelas-Capital. Há ainda uma divisão entre comunidades lingüísticas: neerlandesa, francesa, e germanófona, a leste da Valônia.
Apesar de esse tablado político conferir certa estabilidade ao país, não escasseiam aqueles a temer uma desintegração. Pela primeira vez na história, os separatistas ganharam, em Flandres, legislativas para o governo federal em junho de 2010. Com 27,8 porcento dos votos, a Nova Alianca Flamenga (N-VA) é a agremiação forte ao norte, onde se concentra 60 porcento dos 11 milhões de habitantes do país. Juntamente com outros partidos separatistas, a N-VA conta com 44 porcento de apoio em Flandres. A N-VA tem, ainda, o suporte dos democrata-cristãos, estes com mais 17 porcento dos votos no último pleito federal. Embora federalistas, os democrata-cristãos aliam-se à N-VA. Já na Valônia, a esquerda levou 65 porcento dos votos. E, vale lembrar, todos partidos da região são federalistas.
O grande temor nesse novo impasse político responde por Bart De Wever, líder da N-VA. Ele pede ainda maiores poderes para o norte, prelúdio para o separatismo. Embora a N-VA tenha raízes nos partidos fascistas flamengos, De Wever modera, como Marine Le Pen na França, na retórica racista. Mas De Wever enfatiza a importância de impor sua língua, e por tabela insinua a superioridade da etnia flamenga.
Também devido à presença de Bart de Wever no cenário político, numerosos belgas e outros europeus se indagam até quando perdurará essa aparente confiança no governo interino. Ainda mais pertinente é a seguinte questão: até quando o governo interino pretende segurar as rédeas do país? Em tese, o governo interino poderá permanecer no comando até o próximo pleito federal, em 2014. E Leterme poderá ser o premier interino enquanto tiver maioria no parlamento federal. Se pintasse um quadro com os principais integrantes do governo interino de sua Bélgica natal, o mestre do absurdo René Magritte escreveria embaixo: ‘’Este é um governo’’.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Brasil: Aos 16 anos e sem ensino médio completo, "garota do Enem" cursa medicina na Federal de MS - TUDO NA HORA - O portal de notícias de Alagoas

Brasil: Aos 16 anos e sem ensino médio completo, "garota do Enem" cursa medicina na Federal de MS - TUDO NA HORA - O portal de notícias de Alagoas

Correção da atividade de revisão

Correção da Atividade de Revisão para a Avaliação do II Período - Colégio Santa Amélia - 1º Ano

1.    1ª)   Defina como era a Aarábia Pré-Islâmica. Cite três características.
   Resposta: Governo descentralizado, politeístas,principal cidade Meca (cidade comercial controlada pela aristocracia, chamados de coraixitas), principal templo Caaba, onde se encontrava a pedra negra. a venda de itens religiosos rendia muito dinheiro para os coraixitas.
2.      2ª) Qual a importância de Maomé para o Islamismo?
Resposta: Pregava uma relação monoteísta que ia de encontro aos interesses da aristocracia, por isso passa a ser perseguido. Cria o Islã ou Islamismo, sendo ele o profeta e Alá seu único e verdadeiro Deus. a sucessão do poder islâmico ocorreu a partir da sua família.
3.       3ª)Qual a importancia da Hegira para os mulçumanos?
Resposta: Fuga de Maomé em 622 para Yathribi (Medina). Marca o início do calendário islãmico.
4.      4ª) Quais são os pilares do Islã?
Resposta: Rezar 5 vezes ao dia em direção a Meca; ir ao menos uma vez em peregrinação a Meca; jejuar no mês sagrado(ramadã); ser caridoso; crer em um só Deus: Alá; 
5.     5ª)  O que são os Jihad’s?
Resposta: São as guerras santas mulçumanas.  é descrita como um esforço que os muçulmanos fazem para levar a mensagem do Islã aos que não têm ciência da mesma (ou seja, daqueles que não se submetem à divindade islâmica e ao seu conceito religioso de paz).
6.      6ª)  Qual a diferença entre Xiitas e Sunitas?
Resposta: Xiitas e Sunitas são duas correntes da religião islâmica, se diferenciam em relação ao profeta Maomé e sua descendência. Os Sunitas consideram que para ser sucessor de Maomé deve ser escolhido alguém com sólidas virtudes morais, já os Xiitas não concordam, para eles o sucessor deveria ser um parente de Maomé. 
7.      7ª) Explique como ocorreu a fornação do Império Bizantino.
Resposta: A formação do Império Bizantino remonta ao século IV, quando em meio a crise do Império Romano, o imperador Teodósio determinou a divisão do império em duas partes, uma no ocidente, com capital em Roma, outra no oriente com capital em Constantinopla.
No final do século V, as invasões dos povos bárbaros haviam destruído e fragmentado o império ocidental, enquanto no oriente o poder manteve-se centralizado. Se localizava entre os dois principais continentes da época( Ásia e Europa) o que tornou-o um lugar muito desenvolvido por ser rota comercial e passagem obrigatória a quem desejasse ir a um desses continentes. 
8.       8ª) Explique o Cesaropapismo.
Resposta: Sistema de relações entre a Igreja e o Estado em que ao chefe de Estado cabia a competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da sociedade cristã, exercendo poderes tradicionalmente reservados a suprema autoridade religiosa, unificando tendencialmente as funções imperiais e pontificiais em sua pessoa. Daí decorre o traço característico do cesaropapismo que é a subordinação da Igreja ao Estado

domingo, 5 de junho de 2011

Marcha das mulheres vadias

Pessoal, leiam e me digam o que vocês acham....



http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/06/mulheres-com-pouca-roupa-fazem-marcha-das-vadias-em-sp.html
Mulheres com pouca roupa fazem a 'Marcha das Vadias' em SP
Manifestação aconteceu na tarde deste sábado (4), na Avenida Paulista.
Objetivo é alertar a sociedade sobre o machismo.
Paulo Toledo Piza Do G1 SP

Com faixas e cartazes, mulheres se concentram para a Marcha das Vadias na Avenida Paulista
Mulheres com saias curtas, de salto alto e até só de calcinha e sutiã se reuniram na tarde deste sábado (4) na Praça dos Ciclistas, na Avenida Paulista, em São Paulo, para uma manifestação inusitada: a Marcha das Vadias. A ideia da brincadeira surgiu após um policial afirmar, durante uma palestra em uma universidade em Toronto, no Canadá, que as mulheres deveriam parar de usar roupas de vadias (ou slut, em inglês) para evitar estupros.

A opinião do policial teve grande repercussão e marchas semelhantes ocorreram em todo o mundo. Uma das idealizadoras da manifestação paulistana, a escritora Solange De-Ré, de 30 anos, afirma que o objetivo é fazer com que a sociedade reflita sobre o machismo. “Em uma mesma família, o menino tem toda a liberdade para se mostrar. A mulher, não. O machismo não vem só dos homens, mas das mulheres também, que julgam as outras mulheres.”
Bom humor e pouca roupa foram as marcas
registradas das manifestantes na marcha
A versão paulistana da marcha foi mais recatada do que as equivalentes estrangeiras. “A gente não quer carnaval. A gente quer que as pessoas se vistam normalmente, como elas gostam de se vestir”, disse a publicitária Madô Lopez, de 28 anos, co-responsável pela marcha. O que mais chamou a atenção entre os cerca de 300 participantes foi a grande quantidade de cartazes contra o machismo e a favor do respeito entre os gêneros. Além disso, um grupo de mulheres animava o público usando tambores improvisados em baldes para produzir música.

Apenas uma jovem foi mais ousada e encarou a fria tarde de sábado vestindo apenas calcinha e sutiã. A estudante Emilia Aratanha, de 23 anos, justifica a vestimenta: “Independentemente do que você usa, em primeiro lugar vem o respeito.”

Ela lamenta a violência contra as mulheres –fato que em sua opinião é uma realidade mundial. “Tem mulheres com burca que acabam sendo estupradas. Isso tem que acabar.”
Participantes da marcha exibiram cartazes contra o machismo e a favor do respeito entre os gêneros (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)